O dia de S. Valentim foi hoje celebrado na Biblioteca com o amor na poesia de autores portugueses. Foram selecionados 30 poemas de diferentes poetas, que foram distribuídos na comunidade escolar pelas alunas Sol Pontes Guedes e Carlota Pimentel, do 8ºA. Aqui ficam alguns exemplos dos poemas selecionados.
Canção
Tinha um cravo no meu balcão:
veio um rapaz e pediu-mo
– mãe, dou-lho ou não?
veio um rapaz e pediu-mo
– mãe, dou-lho ou não?
só não dei o coração:
mas se o rapaz mo pedir
– mãe, dou-lho ou não?
Eugénio de Andrade
primeiros poemas
Não há amor
Como o primeiro
Nem tão doce sol
Como o de uma laranja.
Francisco Mangas e João Pedro Mésseder
In Breviário do Sol
Fala da Bela Adormecida
Ouço os seus passos no meu sonho
Que se apaga como um perfume
Ou uma velha recordação.
Vai chegando, já não é só um segredo
Guardado no coração.
Porque me vem acordar?
Desperta, de olhos abertos,
Poderei sonhar?
Demora só um pouco mais de tempo,
Dormir é sempre tão sereno
E é sempre sonho, movimento.
Ou a ave que ainda canta
No meu jardim interior;
Nem digas à luz do dia
Essa palavra secreta(amor…)
Se sou Bela, como dizem,
É só porque estou Adormecida.
Melhor que viver
É sonhar a vida.
Ó condessa, condessinha
Condessa, para onde vais?
- Vou levar esta cestinha
De sementes aos pardais.
Ó condessa, condessinha
Condessa, para onde vais?
- Vou levar esta cestinha
De laranja aos meus pais.
Condessa, para onde foste?
- Fui levar esta cestinha
Com pratos de arroz- doce.
Diz-me a verdade, por favor!
- Fui levar esta cestinha
A casa do meu amor.
Onde mora o teu amor?
- Mora numa velha casinha
À beira duma flor!
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