Amadeo de Souza-Cardoso (Manhufe, freguesia de Mancelos, 14 de novembro de 1887 – Espinho, 25 de outubro de 1918) foi um pintor português. Pertencente à primeira geração de pintores modernistas portugueses,[1] Amadeo de Souza-Cardoso destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. "O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo".[2] A sua pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo, atingindo em muitos momentos — e de modo sustentado na produção dos últimos anos —, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea. A morte aos 30 anos de idade irá ditar o fim abrupto de uma obra pictórica em plena maturidade e de uma carreira internacional promissor...